Roblox bane youtuber que ajudou na prisão de abusadores online e gera polêmica

Roblox bane youtuber que ajudou na prisão de abusadores online e gera polêmica

Uma decisão recente da Roblox Corporation gerou grande controvérsia entre jogadores e criadores de conteúdo. O youtuber conhecido como Schlep, de 22 anos, foi banido permanentemente da plataforma após realizar ações que, segundo ele, ajudaram a identificar e prender predadores online. O criador afirma que suas iniciativas resultaram em pelo menos seis prisões, mas a empresa alega que suas atividades violaram os termos de uso do serviço.

Em uma série de publicações nas redes sociais, Schlep compartilhou capturas de tela do que diz ser uma notificação oficial da Roblox. O documento afirma que ele se envolveu em “atividades desautorizadas e agressivas que comprometem os esforços de segurança da Roblox e expõem os usuários a riscos maiores”. Apesar de reconhecer que suas ações tinham o objetivo de “proteger crianças”, a empresa apontou que o criador não utilizou os canais oficiais para reportar comportamentos suspeitos e, em vez disso, optou por métodos próprios que interferiram nos protocolos internos de segurança.

O youtuber rebateu a acusação, afirmando que já havia tentado alertar a empresa sobre um caso grave no passado por meio de sua mãe, mas que a Roblox não tomou nenhuma medida contra o suspeito. Diante disso, decidiu agir por conta própria, se infiltrando em comunidades e rastreando usuários potencialmente perigosos. Ele afirma que seu trabalho ajudou a impedir situações de risco, inclusive recebendo agradecimentos de uma criança que teria sido salva de um predador.

Schlep diz não se arrepender de suas ações e declarou que não pretende criar uma nova conta para retornar à plataforma. Segundo ele, a prioridade sempre foi proteger usuários vulneráveis, ainda que isso tenha colocado sua relação com a empresa em risco.

O caso repercutiu rapidamente entre a comunidade, dividindo opiniões. Parte dos jogadores considera que a Roblox agiu de forma exagerada ao punir quem estava tentando proteger menores de idade, enquanto outros apontam que métodos não autorizados podem realmente comprometer investigações e aumentar riscos. A polêmica reacende debates sobre como empresas de jogos online lidam com segurança infantil e sobre a eficácia dos canais oficiais de denúncia.

Fonte: Tribune