Nintendo Switch 2 decepciona em testes de tela: tempo de resposta é inferior ao modelo anterior

Apesar de ser um sucesso comercial e trazer avanços importantes em relação ao primeiro modelo, o Nintendo Switch 2 começa a receber algumas críticas por parte dos jogadores mais atentos — especialmente no que diz respeito à qualidade de sua tela. Testes recentes apontam que, em aspectos técnicos, o novo display pode ser considerado um retrocesso quando comparado ao do Switch original.

O alerta foi feito pelo canal Monitors Unboxed, especializado na análise de monitores e displays com ferramentas específicas para mensurar tempo de resposta, contraste, brilho e outras métricas técnicas. A conclusão não é animadora: a tela do Switch 2 tem desempenho abaixo do esperado, e inferior à geração anterior em pontos-chave.

Tela do Switch 2 apresenta tempo de resposta mais lento

Durante os testes de transição cinza para cinza (gray-to-gray), realizados com o console rodando a 60 Hz, o tempo médio de resposta da tela do Switch 2 foi de 33 milissegundos. Para comparação, o Switch 1 marcou uma média de 21 milissegundos, enquanto monitores de PC costumam ficar entre 6 e 20 ms, dependendo da qualidade do painel.

A ausência do recurso Overdrive — usado para acelerar a transição de pixels e reduzir o ghosting — é uma das possíveis causas para o desempenho inferior. Embora esse tipo de tecnologia seja comum em displays modernos, o canal acredita que a Nintendo pode tê-la omitido propositalmente para preservar a autonomia da bateria.

Nos testes com o famoso UFO Test, ficou evidente o aumento no rastro de imagem (ghosting), com um desfoque notável durante movimentações rápidas. E mesmo ao alternar para 120 Hz, a situação não melhora significativamente, já que o painel não possui a agilidade necessária para lidar com taxas mais elevadas de atualização.

Implementação de HDR também é questionada

Outro recurso que chegou como novidade no Switch 2 foi o HDR (High Dynamic Range). No entanto, a performance do recurso também ficou abaixo do esperado. Segundo o Monitors Unboxed, a taxa de contraste da tela no modo HDR alcançou no máximo 1.60:1, enquanto experiências HDR reais costumam ultrapassar a marca de 50.000:1.

Na prática, isso significa que o efeito do HDR no Switch 2 se limita a um brilho ligeiramente elevado, sem apresentar os altos contrastes e tons vibrantes que a tecnologia promete. Apesar disso, o canal ressalta que o recurso ainda oferece uma melhora sutil na reprodução de cores e em ambientes escuros, quando comparado ao Switch original.

Um avanço com limitações visíveis

Ao final da análise, o canal conclui que o Switch 2 representa um avanço em termos de tecnologias agregadas, como o VRR (taxa de atualização variável) e suporte a 120 Hz, mas que a experiência visual é prejudicada pelo baixo tempo de resposta do painel. Para jogos que exigem reflexos rápidos e movimentação constante, esse fator pode afetar diretamente a jogabilidade.

O canal também especula que a Nintendo pode lançar no futuro uma versão com tela OLED, tecnologia presente em portáteis como o Steam Deck OLED — embora esse tipo de hardware ainda tenha um custo mais elevado.

Enquanto isso, os jogadores mais exigentes deverão considerar essas limitações antes de optar pelo modelo atual.

Fonte: Wccftech