Microsoft teria imposto meta financeira “irrealista” ao Xbox e cortes podem continuar, diz rumor

Após uma semana marcada por demissões em massa e o cancelamento de projetos, a divisão Xbox da Microsoft pode ainda estar longe de estabilizar sua situação interna. Segundo Jez Corden, editor executivo do Windows Central, a CFO da empresa, Amy Hood, teria estabelecido uma nova meta financeira considerada “totalmente irrealista” para o setor — e o esforço para alcançá-la pode resultar em novos cortes de pessoal e projetos.
As informações, apesar de relevantes, ainda não foram confirmadas oficialmente e devem ser tratadas como rumores. Corden fez as declarações por meio de sua conta no X (Twitter), destacando que “isso não acabou”, sugerindo que as demissões na divisão Xbox ainda não atingiram seu ápice. O jornalista também insinuou que até estúdios como o de John Romero estariam ameaçados, embora não tenha revelado nomes específicos de outros times afetados.
“Tentar perseguir números inalcançáveis deve resultar em mais cortes, pois cortar gastos é mais fácil do que aumentar receitas — especialmente na indústria de jogos, onde desenvolvimento leva anos”, comentou Corden.
Enquanto isso, Tom Warren, do The Verge, rebateu a afirmação de Corden. Segundo ele, a nova meta seria resultado direto da aquisição bilionária da Activision Blizzard King (ABK). Para Warren, as novas exigências fazem parte da “realidade atual do Xbox” após o investimento de quase US$ 70 bilhões. Ele defendeu ainda que sem essa aquisição, a receita do Xbox já estaria em queda, o que tornaria o atual plano ainda mais essencial.
“A nova meta não é irrealista. Ela é necessária e alcançável, especialmente considerando os ativos trazidos pela ABK. O problema é que o Game Pass ainda não se pagou”, afirmou Warren.
Corden, por sua vez, preferiu não continuar a discussão, respondendo apenas com um “discordo” e evitando alimentar o debate.
Estúdios em alerta e futuro incerto
Independentemente da meta financeira em si, os sinais do momento são claros: nenhum estúdio parece estar completamente a salvo. Nos últimos dias, equipes como a Turn 10 Studios (Forza Motorsport) e até Raven Software (Call of Duty) sofreram cortes. A permanência de Phil Spencer como chefe da divisão sugere que a estratégia geral não deve mudar no curto prazo, mesmo com a instabilidade interna.
Além das demissões, a pressão por resultados mais rápidos pode levar a novos cancelamentos de jogos em estágios iniciais de desenvolvimento. Com o Game Pass ainda enfrentando dificuldades para crescer na velocidade desejada e com a Microsoft investindo pesadamente em IA — algo que deve consumir US$ 80 bilhões em 12 meses — o setor de jogos pode seguir sendo impactado por decisões orçamentárias.
Por enquanto, o cenário é de incerteza, tanto para funcionários quanto para fãs da marca Xbox, que aguardam novos anúncios e esclarecimentos por parte da Microsoft.
Fonte: WCCFTech