Death Stranding 2 é exemplo de excelência técnica — mesmo sem ray tracing

Death Stranding 2: On the Beach chegou ao PlayStation 5 com elogios técnicos unânimes, sendo apontado por especialistas como um dos jogos visualmente mais impressionantes da geração. Entre os destaques estão as análises aprofundadas da Digital Foundry, ElAnalistaDeBits e Nick930, que ressaltam como a Kojima Productions levou a Decima Engine a um novo patamar, mesmo sem recorrer a tecnologias como ray tracing em tempo real.

Decima Engine brilha com upgrades e realismo sem ray tracing

A sequência continua utilizando a Decima Engine da Guerrilla Games, agora com melhorias significativas em iluminação global, volumetria e fidelidade ambiental. No lugar do ray tracing, a engine usa um sistema baseado em light probes pré-calculados para simular iluminação de forma eficiente. A Digital Foundry afirma que, mesmo sem as técnicas mais modernas, a ambientação alcançada se aproxima das demonstrações técnicas da Unreal Engine com Nanite — um feito notável considerando as limitações.

Entre os únicos pontos negativos, a equipe notou texturas de baixa resolução em áreas de transição entre cenários próximos e distantes. Ainda assim, o jogo impressiona por oferecer paisagens que vão desde ruínas urbanas a desertos com tempestades dinâmicas renderizadas com volumetria e partículas GPU-based.

“Tempestades de areia geram uma parede imponente de partículas. O efeito combina renderização volumétrica com uma densa variedade de partículas iluminadas pela GPU. O espetáculo é incrível.” — John Linneman, Digital Foundry

Modelos de personagens elevam o realismo cinematográfico

Outro ponto forte de Death Stranding 2 é o realismo dos personagens. A Kojima Productions implementou sombras suaves em tempo real, subsurface scattering avançado na pele e olhos, além de um novo sistema de cabelo dinâmico renderizado em tempo real. A precisão facial se destaca tanto em gameplay quanto nas cutscenes, aproximando a qualidade do jogo de filmes de grande orçamento.

Detalhes como costuras nas roupas, desgaste em mochilas e expressões faciais com captura minuciosa mostram o nível de atenção da equipe, colocando o jogo acima de muitos AAA atuais nesse quesito.

Desempenho sólido e otimização para o PS5 e PS5 Pro

Rodando exclusivamente no PS5, Death Stranding 2 apresenta modos para 30 e 60 fps, ambos com excelente estabilidade. No console padrão, o modo performance gira em torno de 1440p dinâmico upscaled, enquanto no PS5 Pro essa resolução se mantém mais próxima dos 1620p–1800p, com melhorias nos reflexos, sombras e distância de renderização.

A Digital Foundry recomenda o modo performance no PS5 Pro, já que oferece fluidez de 60 fps com uma qualidade visual quase idêntica ao modo qualidade.

Comparativo técnico — Death Stranding 2 no PS5

Salto técnico frente ao primeiro jogo

Comparando com o primeiro Death Stranding, os avanços são evidentes. A sequência amplia o escopo com ambientes mais variados — como Austrália e México — além de cenários dinâmicos que incluem incêndios, avalanches e tempestades de areia. A fidelidade visual de Norman Reedus também evoluiu, com mais polígonos e texturas mais naturais.

Resumo comparativo com Death Stranding original (PS5 Pro)

Conclusão: Um marco técnico da geração

Mesmo sem ray tracing, Death Stranding 2 mostra que direção artística, técnicas otimizadas e domínio de hardware podem entregar excelência visual. Com ambientes densos, modelos realistas e performance estável, o jogo se firma como uma das produções mais impressionantes da geração, com mérito destacado pela própria Digital Foundry.

“Mesmo sem ray tracing, é um dos jogos mais impressionantes já feitos. O uso criativo da Decima Engine é exemplar.” — John Linneman, Digital Foundry

Fonte: Digital Foundry